quinta-feira, 20 de julho de 2017

Alerta ou Revolta !?



Porque será que, de há uns 3 anos para cá, têm surgido tantas editoras?
Será porque na mesma proporção têm surgido poetas e escritores, e são estes, que têm de vender os seus trabalhos?
Será que as editoras descobriram a mina, iludindo tanta gente a escrever, bem ou mal, porque o importante é que cada um destes "pobres" escrevinhadores vendam os livros?
Depois inventam-se antologias e colectâneas, uma outra forma de efectivarem as vendas, cobrando antecipadamente a cada autor, garantindo à editora que, antes de sair a antologia, esta já está paga por antecipação.
Há que abrir os olhos, minha gente.
As editoras não são casas da misericórdia, querem ganhar dinheiro, assim sendo, vendem livros dos consagrados, sempre os mesmos, ou, daqueles que têm a sorte de trabalharem nas TV's ou rádios.
O resto que anda por aqui, com o eu, somos ralé, não valemos um caracol e olhem que há gente anónima que escreve muito melhor que muitos "famosos".
Não corro o risco de, com este texto, alguma editora me recusar, pois não tenho intenção de voltar a editar, pelo menos, que não tenha de ser eu a vender e incomodar os amigos, numa venda de quase pedinchice.

José Carlos Moutinho

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Vulcão e lava








Quando tuas mãos são caudais escaldantes
que, ao passarem p’lo rio do meu corpo
tornam-se loucos poros viajantes
p’la pele do meu prazer e conforto…

Tua boca é vulcão de doce néctar
e os teus túrgidos seios como lava,
deixam-me o peito em fogo a crepitar,
clímax dos nossos beijos em brasa!

Em crescente excitação sem tempo,
sobre o leito do inquieto desejo
dois corpos rolam em ais de arquejo…

Naquela luta sem dor nem lamento
venceu o efémero prazer da paixão,
findo o fogo da lava e do vulcão.

José Carlos Moutinho

terça-feira, 11 de julho de 2017

As palavras inquietam-se






As palavras inquietam-se em mim,
fervilham como vulcões de anseios,
inventam-se utopias de arlequim,
vestem-se em palavras de devaneios

Estas palavras que sorriem e choram
deixam-me sem saber o que escrever,
quando à minha mente não afloram
os poemas, que me dão mais prazer

Acabamos por nos entender, no final,
um pouco de imaginação, faço poema
que poderá sair bem ou talvez mal,
fica ao critério do apreciador do tema

Agora que a inquietude se fez remanso,
abraço-me às palavras minhas amigas,
grato, pois com elas jamais me canso
de escrever sonetos, fados ou cantigas

José Carlos Moutinho

LAMENTOS DA ALMA

quinta-feira, 6 de julho de 2017

As palavras, essas maravilhas




Depois de muito ter pensado
sobre o zangar-me com as palavras,
decidi que dou o dito por não dito,
por mais que eu tentasse fiquei aflito,
pensando na minha dor se ficasse calado,
as palavras são sementes das minhas lavras

Ao poeta, escritor ou ao simples escrevinhador,
é dada a faculdade de usar as palavras como quiser,
interessante e importante é sentirmos quem nos lê,
as palavras contêm uma realidade a quem nos vê
que nem sempre tem a verdade da roseira em flor,
nem tudo que brilha é ouro, nem chuva sem chover

Gosto de brincar com as palavras que são minha vida,
invento dores e tristezas, tendo meu coração a sorrir
tantas vezes uso as palavras para contar do amor
quando elas escondem  na alma um mundo de dor,
com letras pintamos razão ou não, da palavra despida
imaginemos tudo, porém, a palavra jamais sabe mentir

E porque amo todas as palavras com que me invento,
escrevo este poema, que envio no bico do beija-flor,
navego nas nuvens, soprado pelos sorrisos do vento,
abraço o entardecer inspirador, pinto a lua de outra cor,
feliz, canto a vida com a alegria com que me alimento

José Carlos Moutinho

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Zanguei-me com a rosa






Passei pelo lindo jardim da vida

colhi a mais bela rosa que lá havia,

mas a rosa picou-me enraivecida

por eu não perguntar se o permitia


Zanguei-me com a rosa que arranquei,

fiquei com as mãos picadas e doridas,

prometi-lhe que não voltaria e amuei

olhando suas pétalas belas e coloridas



Combinámos que ela me daria o seu perfume

e me deixaria tirar-lhe todos os espinhos

porque a rosa era para o meu amor não ter ciúme



da camélia que eu oferecera à Alice dos beijinhos



Assim, amigos de verdade eu e a linda rosa

lá fomos contentes e felizes pelo caminho

para entregar a mais linda flor à minha Rosa

que tanto me quer e me dá imenso carinho



José Carlos Moutinho

Foi "ontem"






Sim…foi “ontem” que despertei
de um longo sono, arrastado pelo tempo
…Até “ontem”
Quando, inesperadamente,
abri os olhos,
agarrei a caneta,
deixei a minha alma voar livre,
como andorinha na Primavera
e, como milagre,
essa Primavera surgiu em mim,
através das palavras que fui pintando
com as mais belas cores,
simples, mas intensas de sentimento!
Alguém disse que eram poemas,
a mim soavam-me a gritos de liberdade,
uma liberdade que eu sentia ter estado ancorada
no meu peito, durante tantos anos,
e, “ontem”…
sim, “ontem” soltou-se
e navegou pelas folhas de papel
como se aquelas, fossem ondas do mar imenso
que havia em mim, desde a juventude;
Eu…que procurei equilibrar-me da emersão
após o naufrágio de tanto tempo,
remei como podia,
com versos rimados 
e tímidas metáforas,
e, os tais poemas ou gritos de liberdade,
fizeram-se canoas,
deixaram-se levar pelas utopias da vida,
construíram realidades!

Encontrámos o nosso Porto de Abrigo,
no “Cais da Alma”
meu primeiro livro.

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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