terça-feira, 11 de julho de 2017
quinta-feira, 6 de julho de 2017
As palavras, essas maravilhas
Depois de
muito ter pensado
sobre o
zangar-me com as palavras,
decidi que dou
o dito por não dito,
por mais que
eu tentasse fiquei aflito,
pensando na
minha dor se ficasse calado,
as palavras
são sementes das minhas lavras
Ao poeta,
escritor ou ao simples escrevinhador,
é dada a
faculdade de usar as palavras como quiser,
interessante e
importante é sentirmos quem nos lê,
as palavras contêm
uma realidade a quem nos vê
que nem sempre
tem a verdade da roseira em flor,
nem tudo que
brilha é ouro, nem chuva sem chover
Gosto de
brincar com as palavras que são minha vida,
invento dores
e tristezas, tendo meu coração a sorrir
tantas vezes
uso as palavras para contar do amor
quando elas
escondem na alma um mundo de dor,
com letras pintamos
razão ou não, da palavra despida
imaginemos
tudo, porém, a palavra jamais sabe mentir
E porque amo todas as
palavras com que me invento,
escrevo este poema, que
envio no bico do beija-flor,
navego nas nuvens, soprado
pelos sorrisos do vento,
abraço o entardecer
inspirador, pinto a lua de outra cor,
feliz, canto a vida com a alegria
com que me alimento
José Carlos
Moutinho
terça-feira, 4 de julho de 2017
segunda-feira, 26 de junho de 2017
Zanguei-me com a rosa
Passei pelo lindo
jardim da vida
colhi a mais
bela rosa que lá havia,
mas a rosa
picou-me enraivecida
por eu não
perguntar se o permitia
Zanguei-me com
a rosa que arranquei,
fiquei com as
mãos picadas e doridas,
prometi-lhe
que não voltaria e amuei
olhando suas
pétalas belas e coloridas
Combinámos que ela me daria o seu perfume
e me deixaria tirar-lhe todos os espinhos
porque a rosa era para o meu amor não ter
ciúme
da camélia que eu oferecera à Alice dos
beijinhos
Assim, amigos de verdade eu e a linda rosa
lá fomos contentes e felizes pelo caminho
para entregar a mais linda flor à minha Rosa
que tanto me quer e me dá imenso carinho
José Carlos Moutinho
Foi "ontem"
Sim…foi “ontem” que
despertei
de um longo sono, arrastado
pelo tempo
…Até “ontem”
Quando, inesperadamente,
abri os olhos,
agarrei a caneta,
deixei a minha alma voar
livre,
como andorinha na Primavera
e, como milagre,
essa Primavera surgiu em mim,
através das palavras que fui
pintando
com as mais belas cores,
simples, mas intensas de
sentimento!
Alguém disse que eram poemas,
a mim soavam-me a gritos de
liberdade,
uma liberdade que eu sentia
ter estado ancorada
no meu peito, durante tantos
anos,
e, “ontem”…
sim, “ontem” soltou-se
e navegou pelas folhas de
papel
como se aquelas, fossem
ondas do mar imenso
que havia em mim, desde a
juventude;
Eu…que procurei
equilibrar-me da emersão
após o naufrágio de tanto
tempo,
remei como podia,
com versos rimados
e tímidas metáforas,
e, os tais poemas ou gritos
de liberdade,
fizeram-se canoas,
deixaram-se levar pelas
utopias da vida,
construíram realidades!
Encontrámos o nosso Porto de
Abrigo,
no “Cais da Alma”
meu primeiro livro.
José Carlos Moutinho
terça-feira, 20 de junho de 2017
Para quem me lê
Escrevo para
ti...sim só para ti
que neste
preciso momento, me lês
este poema que
na solidão escrevi,
escurecia o
dia, seriam umas dez
Eu procurava
palavras no pensamento
para que não
tivesses que reclamar,
por isso, com
todo o meu sentimento
fiz estes
versos para os poderes cantar
Sei que são
simples, talvez até sem valor,
mas quando são
feitos com tanto carinho
significam que
foram nascidos do amor,
tal como
aquele, com se faz o bom vinho
Se porventura
tiveres gostado deste poema
podes dizer
algo, para que eu fique a saber,
sempre fica em
mim, perfume de alfazema
quando sei que
há aí, quem gosta de me ler
José Carlos
Moutinho
sexta-feira, 16 de junho de 2017
quarta-feira, 7 de junho de 2017
segunda-feira, 5 de junho de 2017
quarta-feira, 31 de maio de 2017
Sou
...
Sou grito estrangulado
e palavra silenciada
sou a inquietude do gesto
e olhar viajante
sou maturidade do tempo...
jamais serei o que, os que me olham,
pensam que sou!
Sou, simplesmente eu ,
como sou...
e nem sei se gostaria de ser de outra maneira
José Carlos Moutinho
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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
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