quinta-feira, 6 de julho de 2017

As palavras, essas maravilhas




Depois de muito ter pensado
sobre o zangar-me com as palavras,
decidi que dou o dito por não dito,
por mais que eu tentasse fiquei aflito,
pensando na minha dor se ficasse calado,
as palavras são sementes das minhas lavras

Ao poeta, escritor ou ao simples escrevinhador,
é dada a faculdade de usar as palavras como quiser,
interessante e importante é sentirmos quem nos lê,
as palavras contêm uma realidade a quem nos vê
que nem sempre tem a verdade da roseira em flor,
nem tudo que brilha é ouro, nem chuva sem chover

Gosto de brincar com as palavras que são minha vida,
invento dores e tristezas, tendo meu coração a sorrir
tantas vezes uso as palavras para contar do amor
quando elas escondem  na alma um mundo de dor,
com letras pintamos razão ou não, da palavra despida
imaginemos tudo, porém, a palavra jamais sabe mentir

E porque amo todas as palavras com que me invento,
escrevo este poema, que envio no bico do beija-flor,
navego nas nuvens, soprado pelos sorrisos do vento,
abraço o entardecer inspirador, pinto a lua de outra cor,
feliz, canto a vida com a alegria com que me alimento

José Carlos Moutinho

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Zanguei-me com a rosa






Passei pelo lindo jardim da vida

colhi a mais bela rosa que lá havia,

mas a rosa picou-me enraivecida

por eu não perguntar se o permitia


Zanguei-me com a rosa que arranquei,

fiquei com as mãos picadas e doridas,

prometi-lhe que não voltaria e amuei

olhando suas pétalas belas e coloridas



Combinámos que ela me daria o seu perfume

e me deixaria tirar-lhe todos os espinhos

porque a rosa era para o meu amor não ter ciúme



da camélia que eu oferecera à Alice dos beijinhos



Assim, amigos de verdade eu e a linda rosa

lá fomos contentes e felizes pelo caminho

para entregar a mais linda flor à minha Rosa

que tanto me quer e me dá imenso carinho



José Carlos Moutinho

Foi "ontem"






Sim…foi “ontem” que despertei
de um longo sono, arrastado pelo tempo
…Até “ontem”
Quando, inesperadamente,
abri os olhos,
agarrei a caneta,
deixei a minha alma voar livre,
como andorinha na Primavera
e, como milagre,
essa Primavera surgiu em mim,
através das palavras que fui pintando
com as mais belas cores,
simples, mas intensas de sentimento!
Alguém disse que eram poemas,
a mim soavam-me a gritos de liberdade,
uma liberdade que eu sentia ter estado ancorada
no meu peito, durante tantos anos,
e, “ontem”…
sim, “ontem” soltou-se
e navegou pelas folhas de papel
como se aquelas, fossem ondas do mar imenso
que havia em mim, desde a juventude;
Eu…que procurei equilibrar-me da emersão
após o naufrágio de tanto tempo,
remei como podia,
com versos rimados 
e tímidas metáforas,
e, os tais poemas ou gritos de liberdade,
fizeram-se canoas,
deixaram-se levar pelas utopias da vida,
construíram realidades!

Encontrámos o nosso Porto de Abrigo,
no “Cais da Alma”
meu primeiro livro.

José Carlos Moutinho

terça-feira, 20 de junho de 2017

Para quem me lê




Escrevo para ti...sim só para ti
que neste preciso momento, me lês
este poema que na solidão escrevi,
escurecia o dia, seriam umas dez

Eu procurava palavras no pensamento
para que não tivesses que reclamar,
por isso, com todo o meu sentimento
fiz estes versos para os poderes cantar

Sei que são simples, talvez até sem valor,
mas quando são feitos com tanto carinho
significam que foram nascidos do amor,
tal como aquele, com se faz o bom vinho

Se porventura tiveres gostado deste poema
podes dizer algo, para que eu fique a saber,
sempre fica em mim, perfume de alfazema
quando sei que há aí, quem gosta de me ler

José Carlos Moutinho

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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