terça-feira, 7 de julho de 2015

Perfume de quimeras





Ah...como eu gostaria
de fazer das minhas palavras,
pétalas de quimeras, que voassem
pelos céus das ilusões,
iluminassem corações escurecidos
pelas mágoas da vida,
e pousassem nos lábios das  mulheres
com o perfume do meu desejo…

Mas as minhas palavras,
aquietam-se silenciosas,
aguardando a minha vontade
de as soltar e deslizarem
pelo papel branco e vazio
que se inquieta na minha mesa,
ansioso pelo beijo do poema
nascido do meu querer…

E que as pétalas coloridas
pelas quimeras, perfumem
a emoção da minha criatividade,
e me façam poeta pelos versos
que a minha alma inventa
e planta no jardim da poesia.

José Carlos Moutinho

domingo, 5 de julho de 2015

Um dia...talvez



Um dia...não sei quando,
talvez amanhã ou depois, não sei
farei um poema de exaltação à vida,
direi versos com rimas ou talvez sem elas,
inventarei metáforas que sejam as mais belas
das águas serenas do meu rio farei nascer melodias
que fascinem todos aqueles que me lêem todos os dias,
do sol retiro a luz que ilumine cada um dos meus amigos,
não só os amigos de agora, mas também os mais antigos…
se não agradar a todos, é porque talvez eu seja um ser normal
se alguém houver entre esses que me achem um pouco natural,
talvez eu me faça brisa ignorando os vendavais do tempo
e corra mundos no silêncio de mim e do meu pensamento,
olhando os reflexos do meu sentir eu sorria com descaso
aos que se acham sol mas que se escondem no ocaso,
tentarei compreender todos que de mim se omitam
dar-lhes-ei um abraço de amizade para que sintam
que a minha amizade é verdadeira sem rodeios
em toda a minha vida nunca usei outros meios
e se não entenderem esta minha mensagem
é porque encontraram alguma barragem…
deixem deslizar as águas do vosso rio,
a vida de cada um é um delicado fio
que oscila frágil e indefeso ao vento
tal o poema que aqui vos apresento.

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Posso até...






Procuro respostas, encontro dúvidas,
viajo por mares de incógnitas,
sopram-me ventos de desconfiança
mas agarro com firmeza, os remos da resiliência,
posso até naufragar em vâs esperanças
pois distante está meu porto de abrigo,
mas, obstinado, remarei até à exaustão,
ainda que tenha de cruzar a linha do horizonte
penetrar serenamente no céu
e voar por entre núvens,
iluminado pelo cintilar das estrelas
e esquecer tudo o que busquei
e jamais encontrei…
Posso até ter saudades do que vivi,
mas certamente não me arrependerei
de ter sido temeroso e aventureiro
na busca interminável da quietude
que acalmasse minhas ânsias.

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Sou positivo, sim senhor





Faço deste poema um caudaloso rio de alegria
para os que me pensam triste e negativo…
julgam-me pelos meus posts do dia a dia,
mas quero dizer-vos que sou bem positivo.

O que escrevo, raramente a mim diz respeito,
pois são simples desabafos do meu sentir
que transmito a todos, com meu simples jeito,
para vos fazer calmamente, sobre eles reflectir.

Não sou filósofo e muito menos um pensador,
crio sem pretensões simples frases ou  aforismos,
faço das minhas palavras sentires com amor
e tento sempre, escapar dos usados atavismos.

Assim, amigos, vejam-me com a vossa bonomia,
pensem-me fazedor de versos que gostam ou não,
agradeço-vos sensibilizado, a vossa simpatia,
vivam as palavras escritas e cantadas pelo coração.

José Carlos Moutinho

terça-feira, 30 de junho de 2015

Como borboletas



Pululam como borboletas coloridas
por campos semeados com a verdade,
pousam aqui e ali afoitas e desinibidas
e esvoaçam batendo asas de falsidade.

São despudoradas no seu voejar saltitante
pensam-se cativantes na beleza de suas cores,
voam baixinho, com um ar irónico e arrogante
não passam de larvas amorfas sem valores.

Têm porém uma errónea e efémera vida
por que suas cores empalidecem com o tempo,
tempo que desnuda toda a palavra mentida
e as derruba no chão vergonhoso e lamacento.

Algumas mais resistentes prolongam o seu voar
esforçando-se por se enganarem a si mesmas,
muito poucas, ainda vão tentando mistificar
por que se vestem negras como avantesmas.

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Escuta ó mar





Por que me gritas tu, ó mar
se eu tão sereno te contemplo
e me deixo levar no teu doce navegar
quando a nostalgia arpoa meu tempo?

Escuta-me neste silêncio de mim,
sussurra-me na maresia do teu ondear
e eu perder-me-ei em sonhos sem fim
com a música do teu contínuo marulhar.

Sempre te admirei na tua acalmia,
abraço-te na lonjura do teu horizonte,
para mim és uma verdadeira terapia
por que bebo minha poesia da tua fonte.

Por isso ó mar, nunca te faças tormenta,
sorri-me quando o sol te fizer cintilante,
és melodia que a minha alma acalenta
e energia que me faz viver cada instante.

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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