terça-feira, 9 de dezembro de 2014
Vem abraçar-me (Fado)
Nesta tarde tão fria
Deste inverno gelado,
O que eu mais desejaria
Era ter-te ao meu lado
E dizer-te o que eu faria.
Sem ti, meu amor morrerei
De dor e melancolia,
Juro que tudo farei
Para te amar dia após dia,
Todo o meu amor te darei.
Vem, vem dar-me teu abraço
Aperta-me ao teu peito,
Garanto que te faço
Rainha do meu leito
E dona do meu espaço.
Sob o manto do luar
Soltamos nossa paixão,
Ouvindo as ondas do mar
Rolamos com emoção
Nas areias do nosso amar.
José Carlos Moutinho
*Reserv.direitos autorais*
segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
Para ti, que me lês
Sou servo das palavras
que se aconchegam no alvo
papel
inerte sobre a mesa!
São letras após letras
embaladas por enredo
coreográfico
de emoções e desejos,
que dançam docemente em
estrofes
vestidas de pétalas de
versos,
em ritmo de metáforas
abraçadas a afectuosas rimas,
ou no livre rodopiar
pela pista do poema
inventado!
…E as palavras que se
escusavam
tornam-se atrevidas,
sorrindo em ousada volúpia
e acariciadas pelas minhas
mãos,
deixam-se inebriar por
perfume de êxtase!
Já não são minhas estas
palavras
que de mim se soltaram
rebeldes
e se entregaram a ti…
Sim….
Tu que agora me lês,
escuta aquelas letras
emaranhadas em poesia
pois elas são tuas…
Faz delas o teu sentir
serão tudo que tu quiseres…
podem ser o desabafo da tua
alma
ou a ânsia de um amor
desejado,
mas jamais serão minhas…
Perdia-as exactamente no
instante
em que fizeste delas o teu
querer
e pensaste teu, este poema
criado especialmente para
ti.
José Carlos Moutinho
quinta-feira, 4 de dezembro de 2014
Gosto de afectos
Pelas margens do meu rio de
ilusão
Nascem flores de sonhos por
sonhar,
Crescem fantasias de doce
paixão
Poesia para a minha alma
cantar.
Sou sonhador e não me
envergonho
Gosto de afectos e bons
abraços
A ter carinho jamais me
oponho,
A qualquer pessoa eu estendo
meus braços.
Assim é meu modo de viver e
amar
Com amizade alegria e
sorriso,
Pelo rio abaixo no meu
navegar…
Tenho a certeza que deste
jeito
Se eu algum dia alcançar o
paraiso
todos dirão que fui bom
sujeito.
José Carlos Moutinho
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
Mágoas
Quis despojar-me das mágoas
que me ofereciam dores,
mas elas recusaram-se a sair
dizendo-me eram simples e menos más,
que se saissem da minha essência,
talvez viessem outras,
quiçá piores e mais dolorosas!
Pensei no que disseram as mágoas amigas,
e concluí que tinham razão!
Aquelas já me eram familiares
e outras, de onde viriam,
a quem se referiam?
Era uma dúvida...
Portanto, pensando bem e com discernimento
aceitei-as de volta com melhor vontade e tolerância
pedi-lhes que não me magoassem
e elas aceitaram,
deixando-me entregue ao esquecimento
das dores que as mágoas me ofereciam.
José Carlos Moutinho
Brisa que passa (Fado)
Rio de calmas águas
Que corres para o mar,
Leva minhas mágoas
Para o mar as afogar,
Pois doem de tão arduas.
Quero esquecer o passado
E viver um novo amor,
Sou eterno apaixonado
jamais um sofredor,
Sou feliz sendo amado.
Agarro a brisa que passa,
Falo do meu desejo,
Ela responde com graça
Que eu espere o ensejo,
Da mulher que me abraça.
Espero calmo, esse amor,
Talvez me venha do mar
Ou do rio com uma flor,
o destino sabe chamar,
aguardo com fervor.
José Carlos Moutinho
*Reserv.direitos autorais*
terça-feira, 2 de dezembro de 2014
Filosofando
No som do silêncio
aconchegam-se
os sentires
na suavidade da brisa
murmuram
as saudades
no prateado do luar
acalmam-se as almas
no perfume da maresia
suspiram as ilusões
na contemplação do mar
voam
os sonhos
com o calor do sol
acalentam-se os corações
com o sopro do vento
soltam-se as tristezas
com as lágrimas da chuva
choram as dores
nas palavras hipócritas
desnudam-se as mentiras
no azedume da inveja
escondem-se as frustrações
no envolver dos braços
sorri
o carinho dos abraços
na beleza dos sorrisos
podem nascer amizades
na sincera amizade
exaltam-se
as emoções
na brancura da sinceridade
pinta-se harmonia e verdade
nas folhas secas matizadas
do outono,
escondem-se mistérios que a
brisa da finitude,
leva para o azul etéreo.
José Carlos Moutinho
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
Anseios
Sinto em mim…
uma louca ânsia
de soltar as palavras da
minha mente
e colá-las no papel alvo
que se estende na minha
frente,
fazer da inércia das letras,
poesia viva
que invada os corações
em transbordante alegria de
sentimentos,
Inventar melodias
cantadas pelo silêncio do
poema,
irradiadas pela luz vibrante
da emoção!
Aquieto meu desassossego,
porque serenamente, as
palavras
vão-se metamorfoseando,
perante os meus olhos
fascinados,
em delicadas estrofes
metafóricas,
perfumadas de doces ilusões,
tornadas reais pela frescura
dos versos
que me são dadas sentir e
tocar
e que se aninham no papel,
antes branco do vazio
e agora florido e colorido
pelas palavras,
que eu tanto ansiava,
soltar de mim.
José Carlos Moutinho
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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
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