sexta-feira, 14 de junho de 2013

Se eu fosse...





Fosse eu o sol e juro que te daria todo o meu calor
Mas se eu fosse a lua, dar-te-ia muita felicidade,
Porém, como sou humano dou-te o meu amor
Que te acompanhará por toda a tua eternidade

Mas se eu fosse Deus, acabaria com as tuas dores,
Faria de ti a rainha da minha vida para sempre,
Criaria só para ti, um jardim de alegrias e flores
Onde plantaríamos muito amor e paixão ardente

Faria do mar uma estrada perfumada de maresia,
Sobre as ondas, caminharias acariciada pelo sol,
Faria especialmente para ti a mais bela poesia
Que te cantaria nas noites do luar do nosso farol

Inventaria tudo o que fosse inimaginável criar,
Seria arquiteto, engenheiro, poeta ou escultor,
Tudo faria para ter o belo sorriso do teu olhar
E nos teus braços inebriar-me com nosso amor.

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Sucumbir



São estranhos os dias cinzentos
que o visitam nas tardes
de triste ausência de afectos,
Nem as noites de luar
com o doce azulado da fantasia
soltam as mágoas que lhe apertam o peito!

Vagueia em sonhos, pelas ilusões
na ânsia do sol da felicidade,
mas este, indiferente e célere passa por ele
nas manhãs das alvoradas da sua ansiedade!

E...
Os dias passam, pela calada do seu sentir,
silenciosos na dor do seu desalento,
agoniam-se em semanas de monotonia
abafados pelos meses de agonia
submergidos em gélidos anos de relento!

Quisera que a sua alma
se libertasse da prisão que a sufoca,
voasse sobre os lírios do campo
e aspirasse o néctar da felicidade!

Chora o seu coração
lágrimas frias que se colam
ao seu corpo e o congelam!

A sua vontade esmorece na razão
dos outros, que o condicionam
e o fazem sucumbir lentamente,
antes do seu juízo final.

 José Carlos Moutinho

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Santo António



Santo António, de Lisboa, grande milagreiro
lembra-te desta pobre gente sem dinheiro,
bem sei que não é esta a tua especialidade,
pois de amores és mais entendido de verdade

Ninguém quer casar agora Santo António,
a vida está pela hora da morte de tão cara,
parece que fomos invadidos pelo demónio,
nada temos, secou por completo a seara

Santo António, meu Santo Antoninho,
desperta do teu sono tranquilo em Pádua,
vem como patriota, abençoar este povinho,
que deste jeito, como cama, terá uma tábua

Depois da terrível tempestade que nos afoga,
poderás voltar ao teu dom de casamenteiro,
mas acaba com estes políticos, autêntica droga
para não morrermos de fome, traz algum dinheiro!

José Carlos Moutinho

terça-feira, 11 de junho de 2013

Viajar pelas ilusões



Gostaria poder romper
estes elos invisíveis, que me prendem
como amarras carcomidas pelo tempo
das minhas incertezas!

Soltar-me na brisa
que silenciosa, cruza as ilusões,
abraçar-me aos sorrisos das emoções!

O meu suspirar é reprimido
por sentimentos cansados,
aspiro ar cortante e ressequido
pelo estio do deserto de mim,
busco o oásis das minhas quimeras
na esperança do afago da serenidade!

Tempestades de areias fustigantes
trazem-me dor calada, que me sufoca
e revolta por esta submissão
a vontades, que se alheiam de mim!

Grito no silêncio que me envolve,
derradeiro apelo aos meus sentidos,
escuto o eco de mim,
aspiro, tímido, o ar da esperança,
suspiro profundamente
e...sinto-me livre!

 José Carlos Moutinho

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Guitarra que chora



A guitarra gemia e chorava docemente,
solidária, a viola em murmúrios, trinava
com a ternura do poema de amor ardente
da canção, que languidamente encantava

Exaltada a paixão, em melodia, pela mulher
que o deixara perdidamente arrebatado,
com sua ausência, ficou-lhe a alma a sofrer,
ais suspirados, silenciosos, coração dilacerado

A guitarra no seu gemido, sentia este amor perdido
nos acordes, que se desprendiam do seu corpo
como se fosse da mulher amada, amor sentido,
que talvez em outro mar, encontrara novo porto

Cantam-se as saudades das tardes de felicidade,
abraçadas ao tanger, agora sofrido do desencanto,
quiçá o manto de novo luar abrace a serenidade,
novas alvoradas tragam sorrisos e acabe este pranto.

 José Carlos Moutinho

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Fantasias



No murmúrio da brisa
Respiro a suavidade do pensamento
Levo-me em quimeras
Por sensações que invento

Liberto as vontades reprimidas
Calo as vozes incontidas
Grito palavras jamais ditas

Projeto o meu olhar
Acariciado por melodias ardentes,
Para além do horizonte,
Ao encontro de estrelas cadentes

Sorrio-me no deslumbramento surreal
Iluminado pelos belos cristais do sol,
Voo nas asas da minha energia mental
Até ao meu porto de abrigo, o meu farol

Serão quimeras, ilusões ou utopias,
Numa só palavra, não passam de fantasias,
Força invisível da mente que se transcende
E quer demonstrar o que ninguém entende

José Carlos Moutinho


http://www.mixcloud.com/josecarlosmoutinho/fantasias/

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Poeta, sonhador e louco



A folha branca inerte que me contempla,
sorri pela minha tentativa de escrever poesia.

Amasso revoltado a folha branca, agora inútil,
onde não poderei mais escrever poesia.

Não me deixarei vencer pela ironia de qualquer folha.
Insisto em ser poeta, ainda que as palavras se escondam
na pena do meu fracasso.

Vacilante, mas determinado, vou escrevendo
palavras desconexas, sem sentido,
ou, talvez tenham o sentido da minha fraqueza.

Desespero neste jogo de imaginação
teimo, volto a escrever,
desta vez as palavras parecem-me lúcidas.

A folha antes branca, agora gatafunhada
Que antes sorria,
descarada, ri-se provocante,
Pasmo perante tal atrevimento...
Se as minhas palavras escritas com brio
me parecem lúcidas, porque ri a ridícula folha

Interrogo a folha silenciosa e quieta,
porquê se ri de mim,
Ela responde calmamente
as palavras podem estar lúcidas, mas tu não!
És poeta, sonhador e louco.

José Carlos Moutinho

terça-feira, 28 de maio de 2013

Saudade em noite de breu



Seus olhos veem estrelas ou anjos na noite de breu,
pensamentos que se perdem em caminhos de fantasia,
serão anjos que ela vê, porque não há estrelas no céu,
ou talvez a saudade que do seu amor, sua alma sentia.

Sentada na falésia, passeia o seu olhar sobre o mar,
busca a ilusão do seu sentir, ao navegar na escuridão,
ouve murmúrios do mar ou talvez seu coração a chorar
pela ausência do seu amado, que lhe traz muita solidão.

Suspira ao sentir o abraço do manto da noite escura,
sente-se acariciada pela brisa que lhe sussurra docemente,
os seus lábios tremem no desejo de incontida secura
pela ânsia de abraçar o seu amado, que longe, está presente.

A noite faz-se companheira dos ais de nostalgia
nas horas que se arrastam lentas
em compasso com o coração acalentado no seu peito,
escaldante de amor
A maresia é alento para enfrentar os minutos cansados
da ausência do seu amor que tarda,
a felicidade será completa no encontro que se fará.

 José Carlos Moutinho

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Sensações



Sente na pele um ardor de ilusões,
talvez despedida das folhas secas da sua melancolia,
ou quiçá, o pólen emanado pelo querer da amada
que lhe efervesce a alma!

Rarefaz-se o ar que lhe contrai o peito
na ânsia silenciosa, murmurada
pelo seu coração palpitante
que canta melodias de paixão!

Serenas nuvens brancas de amor
sobrevoam-lhe os pensamentos
dilatam-se as saudades
que de tanto amar se fazem dor!

Suspiros que despertam o seu sentir,
levam-no ao desalento
pela ausência da mulher amada
que inebriava com seu perfume
e pela carência do toque
aveludado das suas mãos
e do néctar que a sua boca oferecia
nas noites de paixão
iluminadas pelo luar do prazer!

 José Carlos Moutinho

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Ansiedade



Tenta resistir em todos os instantes
àquele pensar desatinado
que o persegue silencioso

A saudade sobrepõe-se à sua vontade,
deixa-o levar pela emoção
de a querer perto de si

Ele sabe que ela o pensa com ardor,
a distância ausenta-os
no tempo vazio que se faz dor

Sente saudades dos seus cálidos beijos
abraços ternos de paixão e amor,
nostalgia fustigada pelos seus desejos
murmúrios delirantes, doce sabor

A sua mente inquieta-se
em pensamentos dispersos
na incerteza dos dias vindouros

Que o amor não esmoreça no tempo
dos dias opacos da ausência,
e os pensamentos não se façam lonjura.

 José Carlos Moutinho

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Este amor




O amor é suave brisa,
que penetra pelas frinchas
desliza silencioso e instala-se!

Gera à sua volta uma onda de energia
que se propaga, pelo corpo,
em sublime deleite!

Chega à mente, de onde comanda,
ou descomanda os sentidos
e se perde na ausência da razão,
levado pelo ímpeto do desejo...
O amor é tão estranho,
transcendente e sublime, que dói!

Como esta dor que me corrói o peito
pela tua ausência,
na saudade do som melodioso da tua voz
quando me cantavas palavras de amor
e pelo brilho estelar dos teus olhos!

O amor é alegria, ilusão, quimera e felicidade
é dor que confunde o discernimento
e navega em águas de desvarios!

O amor, ai o amor...
é calor sem chama, sem fumo
queima como vulcão em lava ardente,
quisera que este sentir
fosse em ti, o reflexo de mim.

 José Carlos Moutinho

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Era uma miragem




Não sei porque o vento teima em soprar
para longe, os meus pensamentos...
Finco-me neste chão que me sorri
agarro-me às minhas memórias
e repudio este estio ventoso;
Não quero perder a imagem
da minha amada
refletida na copa da azinheira
frondosa, do querer da minha mente,
ela que docemente me contempla
com os seus belos olhos cintilantes
incandescentes de paixão!
Esqueço a eólica teimosia,
levo-me nos murmúrios
da brisa aconchegante
até junto da árvore
onde está o meu amor,
quero tocar-lhe
estendo os braços
acaricio as folhas
imaginando os seus dedos delicados,
estremeço na aspereza dos ramos!
Abro os olhos, confuso,
era somente a ilusão de uma miragem.

José Carlos Moutinho

quarta-feira, 15 de maio de 2013

ANGOLA



O calor abrasador das tardes tropicais
penetra e dilata os poros
acariciados pelo pó denso e vermelho
de sangue do chão profícuo
daquela terra de mistérios e encantos!

A brisa húmida acaricia os corpos
que se fazem riachos
nas gotas escorridas de suor
que se colam às roupas!

Florestas de árvores gigantescas
que refrescam com a acalmia da serenidade
o enorme, mítico e grotesco imbondeiro
de castiçais de múcuas!

Estradas de terra batida
chamadas de picadas,
onde o pó se transforma em nuvens diáfanas!

Chuvadas intempestivas e diluvianas
que inesperadamente desabam
e tornam os céus
acinzentados pela tenebrosa tempestade
que tão de repente surge,
como os céus de imediato, são contemplados
com as cores maravilhosas do arco íris!

É África na sua pujança e fascínio,
são os cheiros que nos cativam e penetram a alma,
cores mirabolantes inimagináveis...
É o pôr do sol único, de tons impossíveis!

É Angola, de chão duro agreste
da pobreza sofrida
e é o chão suave, fértil
da riqueza obtida!

É Angola da minha saudade,
da minha juventude e das minhas paixões
É esta Angola plantada no meu coração
aconchegada na minha alma, que eu canto.

José Carlos Moutinho
2013/5

domingo, 12 de maio de 2013

Amar é sublimação



Amar é estar em constante ebulição,
é um sentir silencioso
que exalta a mente
Amar é sorrir a tudo e todos,
dizer palavras sem sentido,
achar belo o feio
é compreensão, tolerância e harmonia
doce loucura nas emoções
amolecer nos braços da amada
extasiar-se no beijo,
envolver-se em simples olhar!

Amar é perder o discernimento da razão
quando a intranquilidade se faz presente
na dúvida imaginada de infidelidade
dor sofrida quase sempre sem sentido!

Amar é desatino que leva ao desespero
chorado em falésias de tristeza,
é caminhar pelos céus da felicidade
e flutuar em nuvens de sonhos,
inventar quimeras
e abraçar utopias
Amar é sublimação.

 José Carlos Moutinho

sábado, 11 de maio de 2013

Momentos de desalento



Faz dos pensamentos asas soltas
voando pelos céus dos suspiros
libertando as amarras da solidão,
gritando aos ventos a revolta
do sentir dorido
por um amor sofrido
de coração desalentado
latejando num peito cansado!

Quando nas alvoradas da esperança
os cristais resplandecentes do tímido sol
lhe acariciam a alma
sorri-lhe o ego
antes confuso pela insegurança!

Bastou um simples olhar,
um abraço e um beijo
para que seu coração explodisse
num incontido desejo de entrega
e os pensamentos desalentadores
se dissipassem
entre nuvens de paixão.

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Sei que tenho



Sinto-me folha seca esvoaçante
abraçado a murmúrios de desejos incontidos,
Suspiro com os sons misteriosos
que me sibilam!
Faço-me voar sem destino
sobre ilusões do meu querer,
Recuso as tardes da negação
percorro o infinito da perseverança,
Oscilo em desequilíbrio, tal mariposa,
desvio-me dos ramos da solidão em mim
Sorrio-me às árvores que me animam
nesta correria em busca de não sei o quê!

Paro, penso, reflito
sobre o que eu busco nesta viagem intemporal,
Será desânimo o que me aperta o peito
ou penso num querer que não quero,
Sei lá...
Sei que tenho
o que tenho de ter para dar a alguém,
paixão e amor.

José Carlos Moutinho

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Partiste naquele entardecer



Foi naquele entardecer da minha angústia
que partiste, sem uma palavra,
ignoraste todos os nossos anseios,
Esqueceste os nossos sonhos
por viver...
Tantas vezes me prometeste
o que nunca cumpriste,
partiste de cabeça baixa
sem coragem para me olhares,
porque receavas afogares-te
nas minhas lágrimas de dor!
Foste cobarde
no sofrimento que me infligiste,
Entreguei-me a ti
fui teu de corpo e alma
e tu nunca foste minha!

Sei que depois de ti
o meu coração fraquejará,
nas alvoradas da minha tristeza,
A dor será a minha companheira
pelas noites silenciosas da minha saudade!
Fica-me a certeza de que tu
perderás muito mais do que eu,
Roubaste o que eu tenho de mais precioso,
a minha vida,
E eu, somente perdi
alguém sem o sentir do amor.

 José Carlos Moutinho

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Hoje



Hoje...porquê hoje,
não sei!
Só sei que me apetece gritar bem alto
palavras de amor, em forma de pétalas,
levadas pelo vento dos meus sorrisos,
por caminhos a descobrir
Talvez encontrem a musa dos meus sonhos
inebriada pelo perfume das pétalas
que do meu coração se fizeram palavras!

Hoje...porquê hoje,
não sei!
Só sei que a minha alma canta alegria
na ansia de encontrar a minha amada,
Elevo o pensamento pelo infinito do meu sentir,
ouço murmúrios suaves em aromas de maresia
voz doce, quente e melodiosa,
talvez de sereia ou da musa que me inspira,
Deleito-me acariciado pela ilusão
da imagem de mulher ou talvez sereia
que me envia o seu amor, pelo mar
abraçado a cristais do sol,
que beija as águas do meu desejo!

E hoje... não sei porquê hoje!
Só sei que as saudades da minha amada
apertam-me tanto o coração,
que me fazem viajar por quimeras
em metáforas de paixão.

 José Carlos Moutinho

domingo, 5 de maio de 2013

Mãe, querida mãe





Mãe, minha querida mãe
sorrio-me na memória de ti
dos teus olhos meigos
e sorriso triste,
Rosto de rugas cansadas,
corpo vestido de preto
em luto eterno de uma vida viúva
sofrida pelas dificuldades parceiras
do viver em duro caminhar!

Ah...minha querida mãe,
As saudades apertam-se-me no coração
acentuadas pelos anos que correm velozes,
Recordo a tua figura linda e dócil
acarinhada por gente amiga
que te abraçava e respeitava
pela tua dignidade e postura de pai e mãe,
Tantas vezes suprimiste o pão da tua boca
para que o teu filho fosse alimentado!

Mãe, minha saudosa mãe,
escasseavam-te os abraços
compensados em calados carinhos
Davas a tua vida pelo teu filho
com o teu amor discreto
pela timidez do teu sentir silencioso!

Vamos encontrar-nos minha mãe
minha velhota doce e querida,
Quero dar-te e receber os abraços e afagos
escusados nesta vida terrena!

Até um dia minha mãe,
guarda-me no paraíso
um lugar pertinho de ti.

José Carlos Moutinho


quinta-feira, 2 de maio de 2013

Emoções



Podes simplesmente dizer
que te cansaste de mim
aceitarei a tua fraqueza

Nas noites quentes de enfado,
poderás confessar-te cansada
das tuas emoções

Eu estarei aqui à tua espera,
quando te cansares de te ausentar
do caminho da felicidade...

Ignoras os momentos de luar
quando corações extasiados
batiam impetuosos
dentro dos corpos colados

Procura o sossego do teu sentir
que agora se desatina,
encontrarás a acalmia
nos braços de quem te ama.


 José Carlos Moutinho

quarta-feira, 1 de maio de 2013

O Amor



É sentir na pele o ardor da paixão,
Arrepios que estremecem o corpo,
Fogo que arde silencioso
Calores galopantes, invadem o sentir
Suores de volúpia
No toque da pele, por dedos sedosos
Respirar ofegante
Que descontrola e desatina,
É voar em voos rasantes
Sem forças para se erguer
É dor de tanto querer
que muito faz sofrer!
É um choro calado na alma
Por mágoa silenciosa,
Um acutilar do coração pela indiferença
Humilhar pelo desprezo!
Ai, ai amor, doce luar do sentimento,
Mar encrespado de tanto sofrimento,
Palavra bela de quatro singelas letras
Que sorri de alegria e chora de amargura,
Acaricia docemente e flagela indiferente,
Beija com êxtase e perversamente ultraja,
Murmura palavras feiticeiras e grita ofensas!
Apego estranho este
De imensos contrastes,
Que todos desejam sentir,
Tanta enleva ao infinito da exaltação
Como destrói implacavelmente
Amor, amor... És fascínio e paixão
Dor na alma, ferida no coração

 José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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