domingo, 9 de setembro de 2012

Vem, meu amor...





Não sei porque me entristece a alma,
se ao contemplar o mar brilhante
pelo sol que acaricia o seu dorso,
me acalma a mente...
Talvez seja a saudade destes momentos
de tua ausência,
que me deixam assim!
Bem sei, que logo virás, meu amor,
mas que posso eu fazer,
se não controlo esta falta de ti;
Os minutos parecem-me horas...
As horas...ai, são longos dias;
Sei bem que serei compensado,
Quando nos teus braços,
Eu me sentir aconchegado
Pela paixão que nos envolve
E me fará esquecer
aqueles momentos nebulosos,
na miragem do mar,
que na acalmia, partilhava nostalgia!

Vem meu amor...
Esta espera seca-me o sentir
quero mergulhar-me nos teus beijos
e saciar-me desta sede de ti.

José Carlos Moutinho

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Incêndios





O fogo crepita, imagem terrível de paradoxal beleza,
Corre gente aos gritos, sem destino, alucinadas!
Sopradas pelo vento, as chamas tornam-se fortaleza,
Viaturas tanques dos bombeiros, acorrem apressadas.

O verde da vegetação torna-se negro como a morte!
Onde antes existia o encanto das flores silvestres,
Agora são troncos e ramos calcinados de cheiro forte,
É a devastação total, daquelas imagens campestres.

Rolam pedras enegrecidas, pelas escarpas serranas,
Desapoiadas da vegetação e árvores que as sustentavam,
É o destruir do trabalho de anos, daquelas mãos humanas,
Cujas vidas já difíceis pelos tempos, tanto labutaram.

Casas, suor de uma vida de trabalho, queimadas,
Culturas dizimadas pela passagem apocalíptica,
Animais e culturas, vidas e emoções dizimadas,
Almas em desespero, ante situação tão critica.

Finalmente apagou-se aquele fogo, terrível e devastador!
Agora, olhar aquela paisagem é ter a dor no coração,
É ser-se impotente, perante a ação de algum agitador,
Causador de tanto sofrimento, por tão assassina ação.

E assim deixo aqui, expressa à minha maneira,
O que me vai na alma, em relação a esta calamidade!
Todo aquele que incendeia devia cair na sua fogueira
E ter assim consumada a sua a pena, por tanta maldade.

José Carlos Moutinho


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Corre devagar, tempo!






Oh...Tempo que me transformas,
na voragem da tua corrida desenfreada,
deixaste para trás tanto que eu queria fazer!
Porque teimas em correr assim,
nessa vertigem desoladora,
se era muito mais tranquilo,
deslizares pela minha vida,
com a suavidade do meu desejo
e reter aqueles meus momentos exaltados,
que agora, não são mais que simples lembranças...
Descansa um pouco, tempo louco,
deixa-me absorver o que de bom me rodeia,
não me atires para o precipício sem retomo,
permite-me a ousadia em sonhar
um amor de forte sentido
e uma paixão desatinada,
ignorando as vozes do mundo!
Vamos unir-nos, tempo veloz,
acalma-te e juntos aproveitemos
os sorrisos, que nos acariciam a alma
e escutemos as vozes, que nos alegram o coração!
Façamos um acordo, tempo amigo,
quero amar e ser amado, numa louca utopia,
viver reais quimeras,
sentir o aroma de flores imaginadas!
Quero ver o sol, no sorriso daquela mulher
e no seu abraço, o aconchego do luar!
Então, posso desfrutar o prazer,
na volúpia dos seus beijos
e na caricia dos seus braços!

Mas tu tempo, não sejas tão célere,
prolonga esta minha felicidade,
Pelo tempo, que com o teu tempo, seja possível.

José Carlos Moutinho

domingo, 2 de setembro de 2012

Mudar de vida






Ah...Mas quantas vezes me revolto com a vida,
Como se fosse ela a culpada de tanta desilusão,
Quando na verdade os problemas e dor sentida,
São somente mágoas que me sufocam o coração.

Penso para mim e digo em voz alta, que vou mudar,
Que esta maneira de viver não tem razão de ser,
Vou procurar outro caminho sob o manto do luar
E tenho a certeza que vou melhorar o meu viver.

Vou, pois, amigos, tenazmente mudar de vida,
Nem que para isso tenha de escalar montanhas,
Descer por precipícios, como se fosse avenida,
Mas vou MUDAR DE VIDA, conseguirei esta façanha.

José Carlos Moutinho

sábado, 1 de setembro de 2012

Verdade





Quantas vezes se dizem palavras,
que supostamente são verdade,
mas não passam, afinal, de coisas faladas,
numa autêntica avalanche de falsidade!

Verdade, palavra mítica de grande simbolismo,
que se for usada com dignidade
e não alienadamente,
arremessada ao vento
como arma da mentira,
é simplesmente a verdade da nossa existência!

A verdade...
Pode ser a verdade de alguns,
que esconde a mentira na alma,
porque ser honesto e sincero,
é ter um coração autêntico
e a postura da honestidade,
em todos os momentos da vida!

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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