Há tanto mar em tão pouca
vida
tanto viver em pouco navegar,
nos remos da maresia sentida
viajam anseios p’ra lá
chegar,
Há inquietude constante ao
viajar
no sopro do vento em
desassossego,
que só acalma com o sol a brilhar
e clareia os suspiros do
medo!
São caudalosos os afluentes
que correm loucos e
descontentes
buscando a foz das águas
vividas,
Outras vezes, correm tão
serenos,
beijam as margens dos dias
amenos
lavam a dor das mágoas
sentidas!
José Carlos Moutinho
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