Sinto saudades das amoras
silvestres
escondidas nas curvas do meu
caminho
e das brisas que me
acariciavam
nas tardes indolentes do
tempo,
Ausentaram-se da minha
vontade
os chilreios das aves que me
sobrevoavam
nos dias cálidos da felicidade,
Sinto frio pela carência dos
abraços
levados pelos ventos de
outrora!
Sinto saudades das saudades
que já tive
que se perderam nas marés da
minha viagem,
Escusa-se-me o ar dos
sorrisos que já respirei
e os suspiros que do meu
peito se soltaram
e os murmúrios de amor
que meus ouvidos escutaram!
Sinto saudades das ondas
que vinham desfazer-se em
espuma a meus pés
e das areias das praias das
minhas ilusões
que me faziam sonhar
paixões,
Sinto saudades das palavras
que não disse
e dos instantes que não vivi!
Sinto saudades,
Tantas…tantas saudades
que por não caberem no meu
peito
se aninharam na minha alma.
José Carlos Moutinho
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