domingo, 12 de abril de 2015

Sinto saudades





Sinto saudades das amoras silvestres
escondidas nas curvas do meu caminho
e das brisas que me acariciavam
nas tardes indolentes do tempo,
Ausentaram-se da minha vontade
os chilreios das aves que me sobrevoavam
nos dias cálidos da felicidade,
Sinto frio pela carência dos abraços
levados pelos ventos de outrora!

Sinto saudades das saudades que já tive
que se perderam nas marés da minha viagem,
Escusa-se-me o ar dos sorrisos que já respirei
e os suspiros que do meu peito se soltaram
e os murmúrios de amor
que meus ouvidos escutaram!

Sinto saudades das ondas
que vinham desfazer-se em espuma a meus pés
e das areias das praias das minhas ilusões
que me faziam sonhar paixões,
Sinto saudades das palavras que não disse
e dos instantes que não vivi!

Sinto saudades,
Tantas…tantas saudades
que por não caberem no meu peito
se aninharam na minha alma.

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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