Ouço o murmurar das árvores
no silêncio relaxante da
noite,
são sons de melodias
arrepiantes
que me acariciam em doce
açoite
e me fazem pensar na
existência
do universo, nas latitudes
distantes!
E na serenidade da minha esperança,
deixo-me levar no divagar
pelo encanto,
que em meu redor, mostra sua
pujança,
suspiro sob o luar que em
mim se faz manto.
Sinto-me tão pequeno, talvez
até, seja nada,
nesta grandeza que na
escuridão se oculta,
sou elo da conjuntura por
vezes desvairada
de imensos contrastes, onde
a vaidade avulta.
Estou sereno, nos
pensamentos que me falam,
sou o que sou, simples,
humano, insignificante,
serei a voz da humildade e
franqueza que se calam
na singeleza, que me toma
ser de alma relevante.
Alvorecem-me os sonhos na
luz que me ofusca,
pelo despertar de uma viagem
fantástica de prazer,
sou a alegria do meu sentir,
num coração que busca
tranquilidade, nos sorrisos
e abraços do meu viver,
Ignoro palavras ofensivas,
mesmo de gente vetusta
que a minha passagem terrena
seja um feliz conviver!
José Carlos Moutinho
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