terça-feira, 16 de setembro de 2014

Vento da serra





Porque me assobias ó vento da serra
Se não me trazes boas novas d’alem,
Se dissesses que não há mais guerra,
Seria o teu soprar, recebido por bem.

Uiva vento, uiva e afasta todos os males,
Para que este mundo se torne melhor,
Que no teu eterno voar jamais te cales,
Pois a alegria com paz tem outra cor,
Por favor vento, peço-te que me fales
De beleza e encanto e também de amor.

Sussurra-me no teu ventar refrescante,
Já que não consegues acabar os conflitos,
Fala-me da tristeza daquela tarde distante
Quando ela partiu calada por falsos ditos,
Fala-me do sentir e do seu sorriso inebriante,
Faz da tua força, brisa que acaricie sem atritos.

Porque não me respondes agora ó vento
Que da serra desces arrogante e assustador,
És turbilhão que torna tudo em tormento
Sem te compadeceres sequer, com danos e dor
E inssistes em soprar alheio  ao sofrimento
De quem neste mundo só pensa em ter amor.

Vem calmo e dócil ó vento, que de longe vens,
Chega de agressões e amuos, acalma-te agora,
Fala-me ao ouvido se na verdade, noticias tens
Daquela linda mulher que um dia se foi embora.

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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