quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Sonhos despertos



Na vigília que me toma os pensamentos,
Faz dos meus sonhos despertos,
Ilusões quiméricas!
Deixo-me levar em desejos incontidos,
Pelo sentir suave da pele rosácea,
Que me faz ânsia de querer tocar-lhe
E despertar o frémito do prazer letargo!

Penso-a, deliciado, e embora ausente,
Sinto-a em mim,
Numa lasciva e delicada sensação
De corpos colados, aquietados
Pela vontade acomodada,
Mas em deleite pela química
Que se desprende da paixão que os une!

Revigoram-se as emoções,
Suavemente pela lânguida fragrância,
Que se solta das rosas vermelhas,
Espalhadas sobre o lençol
E se difunde pelo quarto do amor!
Excitam-se as mentes,
Dilatam-se os poros,
Remexem-se os corpos,
Navegam no mar do prazer que os alaga
E os leva extasiados ao porto da felicidade!

Adormeço exausto, no delírio da doce volúpia,
Obtida dos sonhos acordados,
Após longa e sensitiva vigília.

José Carlos Moutinho.

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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