quarta-feira, 12 de junho de 2013

Santo António



Santo António, de Lisboa, grande milagreiro
lembra-te desta pobre gente sem dinheiro,
bem sei que não é esta a tua especialidade,
pois de amores és mais entendido de verdade

Ninguém quer casar agora Santo António,
a vida está pela hora da morte de tão cara,
parece que fomos invadidos pelo demónio,
nada temos, secou por completo a seara

Santo António, meu Santo Antoninho,
desperta do teu sono tranquilo em Pádua,
vem como patriota, abençoar este povinho,
que deste jeito, como cama, terá uma tábua

Depois da terrível tempestade que nos afoga,
poderás voltar ao teu dom de casamenteiro,
mas acaba com estes políticos, autêntica droga
para não morrermos de fome, traz algum dinheiro!

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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