quarta-feira, 10 de abril de 2013

És folha seca



Quando te vejo abrir as mãos
desertas de caricias,
levo-me desencantado,
pelas minhas memórias caladas,
doloroso retorno aos instantes
que faziam o sol mais luminoso,
e os corações vibravam excitados,
pelos anseios realizados!
O teu sorriso de agora empalideceu
perdeu o fulgor de outrora
O mortiço do teu olhar
é chama apagada
pelas noites cansadas, sem luar!
As tuas palavras,
soam como ventania,
em cinzentos dias de tempestade,
perderam o doce do murmúrio
que me fascinava naquelas tardes
de nosso delírio, sobre as areias douradas
da praia do nosso amor!
És a imagem desfalecida,
das emoções em tempos sentidas!
És sombra moribunda
da paixão antes vivida,
com a intensidade do vulcão
És folha seca, sem vida!

 José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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