quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Guerra




Sibilam as balas, como cometas,
que penetram em corpos exaltados,
de ânimos perturbados,
por razões de que nem eles sabem!

Correm assustados, para se abrigarem
onde não existe abrigo,
mas sim desolação nas paredes caídas,
pelos morteiros de canhão!
O sangue escorre por rios de dor,
corpos esventrados,
pela estupidez dos que se acobardam nos gabinetes
e fazem dos inocentes,
os alvos do seu poder e maldade!

Maldita guerra que aniquila as boas vontades
e transforma a paz em tortuosa raiva fratricida!

Crianças que choram os pais,
estendidos pelo chão da morte que não desejam!

A pequenez das mentes dos autores
deste teatro diabólico, sedentos de poder
riem-se no desejo da cena de vitória,
ignorando o povo que morre inutilmente!

Que mundo este, de tamanha crueldade,
de interesses mórbidos,
onde a vida humana não tem valor,
porque os interesses da vaidade
são superiores à própria vida.

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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