Abril despertado nas noites
de cativeiro,
Iluminado pela aurora da
liberdade,
Em jardins de vermelhos
cravos,
Nas armas caladas...
Que beijavam o chão da
esperança,
Na canção feita senha,
Ecoada pela rádio da
salvação,
Grândola a tal vila morena
cantada,
Da Catarina Eufémia que
pedia pão
E recebeu a morte,
Dos trigais da exploração,
Em campos de vastidão!
Liberdade, liberdade...
Gritava-se em exultação,
Como em sonhos nunca antes
sonhados,
Gritava-se pela liberdade,
Nas ruas escurecidas,
Por uma ditadura que
agonizava,
Sob os pés de homens
fardados,
Inconformados com a miséria
E direitos atrofiados,
Deste Portugal amorfo.
José Carlos Moutinho
25/4/12
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