Sempre que o sol esmorece no
despertar da lua,
Surges-me em todo o
esplendor,
Sinto o sussurrar das tuas
palavras de amor,
Na brisa que me desliza pelo
rosto
E pelo perfume que me
inebria
Do teu corpo quente,
Esguio, de contornos delicados
E geometricamente desenhados,
Por onde tantas vezes eu
naveguei,
Na segurança dos teus
braços,
Velas do meu sentir
E ancorei, no descanso,
Que a nossa sofreguidão
causava
Nas arrebatadas tempestades,
Dos nossos momentos de
fantasia;
Os teus pés, como amarras,
Prendiam-me ao teu porto,
Do meu abrigo,
Fazendo-me âncora
Que te afundava no mar do
prazer
E relaxamento.
José Carlos Moutinho
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