sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Chamada do vento
Lá fora, sibila aflitivo o vento,
Como se chamasse por alguém,
Era um som triste
E simultaneamente lânguido;
De Alma perdida no vazio,
Em busca do amor que partira!
Arrepia-me,
Provoca-me forte ansiedade
E inconscientemente, deixo-me levar
Pelo vento de angústia desconhecida;
Os meus pensamentos amorfos,
Vagueiam-me pelo corpo desfalecido,
Numa letargia que me domina;
Sinto-me levitar...
O meu corpo permanece estático,
Vejo-me, sorrindo-me...
Inefável situação que me seduz!
Cintilam raios luminosos,
O azul do céu é fantástico, inigualável,
Talvez seja o paraíso eterno
E vislumbro, bela, lá no horizonte,
Entre duas estrelas,
Uma mulher fascinante...
Será ela, que me chama pelo vento?
José Carlos Moutinho
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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
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