domingo, 22 de maio de 2011

Saudade




De repente senti saudade
Do tempo em que não se tinha saudade
Era a época da juventude, da alegria
Vivia-se com vibração a cada dia
Não se pensava no amanhã
A paixão brotava dos poros, como seiva
Contida no suor de verão
Ria-se, por gosto e até sem razão
O amor estava latente em cada esquina
Nos jardins dos nossos encantos
As emoções transbordavam
O sorriso da morena que nos cativava
Ou da loira que se rebolava
Numa insinuação deliciosa de se ver
Havia ilusão, misturada na razão
No prazer e do sentir do coração
Naquele tempo em que não havia saudade
Um beijo valia como uma pérola
Um abraço, como a luz do sol
E a entrega, ai a entrega, era tudo
Era a lua, o sol o Céu o mundo
Era a eternidade e esquecer o resto.

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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