quinta-feira, 31 de março de 2011

Eras tu ou a cerejeira?




Sentei-me debaixo da cerejeira
De belos frutos,
Como os teus lábios vermelhos.
Sentia-me envolvido no teu abraço,
Que me apertava na sombra,
Daquela árvore.
Acariciavas-me o peito,
No toque dos seus ramos.
As folhas, os teus dedos
Deslizavam por entre os meus cabelos,
Numa ternura,
Que me enlouquecia,
De emoção e deleite.
As folhas oscilavam,
Num bambolear ritmado,
qual dança sensual.
Sereno, eu recebia toda aquela magia,
Através dos raios de um sol vibrante,
Que como diamantes,
Vinham enriquecer-me de luz,
Fazendo-me sentir um ser especial,
Num mundo de conflitos.
Os pássaros pousavam, chilreando,
Como se fossem mensageiros de anjos.
Total sensação de bem-estar e paz
Adormeci, nos teus braços da cerejeira.

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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