segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Chuva de saudade


Através da vidraça da janela,
Vejo a chuva cair...
Como lágrimas de saudade,
Dos momentos não vividos.
Cada gota é um átomo
De cada momento passado.

O fumo do meu cigarro

Sobe em espiral,
Tentativa de elevar,
Meu pensamento
Ao infinito.

Tanta chuva,

E não consegue lavar
A lembrança de outro tempo.

Melancolia que persiste

Nesta noite, de lua morta.

Cerro meus olhos,

Vagueio pela rua da nostalgia.

Prostro-me perante esta realidade.

Aguardo pelo clarear do dia,
Da esperança...
Da luz do sol! 

J.C.Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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